domingo, 19 de julho de 2020

ATENÇÃO CATEGORIA

SEPE CONVOCA CATEGORIA A DEFENDER O FUNDEB E PRESSIONAR DEPUTADOS NA VOTAÇÃO QUE COMEÇA NESTA SEGUNDA (20)



O governo Bolsonaro/Guedes presta mais um desserviço ao país e agora tentam se apoderar
das verbas do Fundeb, cuja aprovação está em discussão no Congresso. Eles enviaram na
semana passada proposta de texto para a Câmara dos Deputados que prevê que o Fundeb,
que expira este ano, só seja retomado em 2022. Bolsonaro quer usar a verba do Fundo em
2021 para fugir da Lei do Teto dos Gastos, como se quisesse separar a manutenção da Educação
do combate à pobreza.
Diante desse cenário incerto e de extrema preocupação, o Sepe chama o apoio de toda a
categoria para pressionar, imediatamente, os deputados. A nossa participação e mobilização
com o restante do conjunto da população é fundamental do Fundeb Permanente.
A discussão do novo Fundeb se desenvolve desde o ano de 2015 no Congresso. Só agora, às
vésperas da votação o presidente Bolsonaro se movimenta com o envio de uma proposta que
bate de frente em tudo o que foi discutido. A intenção do governo é a de claramente garantir
para uso eleitoral o dinheiro do FUNDEB sob a desculpa de ampliar o combate à pobreza. Só
esqueceu que, ao fazer isto, dissocia e desaparelha deste combate o seu pilar fundamental: a
educação pública.
A proposta do governo é um desastre anunciado para a educação brasileira: milhares de
escolas fechariam sem o Fundeb em 2021, centenas de milhares de crianças ficariam fora
da sala de aula; a educação básica sem o piso nacional do magistério etc. Seria um apagão
da educação!
O Fundeb é responsável por 60% dos recursos que vão para as redes estaduais (que cuidam do
Ensino Médio) e por 70% dos recursos que vão para as redes municipais (que cuidam do Ensino
Fundamental). Tirar a contribuição da União em 2021 seria o mesmo que causar um colapso
nessas redes, que já estão muito prejudicadas por conta da crise financeira que assola cofres
municipais e estaduais com a pandemia do coronavírus e que vai exigir mais recursos após a
retomada plena das aulas.
Ou seja, Bolsonaro e Guedes vão gerar desigualdade educacional – já que os municípios e
estados tem capacidades diferentes para investir no setor – e aprofundarão ainda mais a
desigualdade social.
A Câmara agendou para essa segunda e terça-feiras (20 e 21) a votação da PEC 15/2015 que
trata do novo FUNDEB permanente e com mais recursos para a educação. Será votado o parecer
feito pela deputada relatora prof.ª Dorinha Seabra (DEM-TO).
Esses são os principais itens do parecer da deputada com os quais o governo não concorda e irá
tentar votar a sua proposta em substituição:
1) Prevê dobrar a complementação da União (atualmente em R$ 14,2 bilhões), institui o Custo
Aluno Qualidade como referência para o custo per capita por estudante nas diferentes etapas
e modalidades do ensino e subvincula no mínimo 70% do total do Fundo para remuneração dos
profissionais da educação (embora não preveja piso salarial nacional para todos – leia mais no
item 5).
2) Constitucionalização permanente do FUNDEB – o governo quer jogar o Fundeb para 2022;
3) Não inclusão de vouchers (o governo quer repassar recursos públicos para as escolas privadas);
4) 20% de complementação da União (o teto do governo seria 15%, distribuídos de forma
meritocrática entre as redes de ensino);
5) Piso salarial nacional para o magistério e vinculação de percentual para remuneração dos
profissionais da educação (o governo defende a supressão do piso e do percentual de 70%,
enquanto outros partidos neoliberais defendem rebaixar o referido percentual ou não autorizar
a destinação dos novos recursos da complementação da União para essa rubrica. Ou seja:
ambas as propostas são prejudiciais).
Com isso, como uma forma de pressão, propomos que os professores, professoras e funcionários
das escolas públicas do Rio de Janeiro e demais redes façam o seguinte:
- Enviem mensagens diretamente a todos os deputados/as, principalmente aqueles do Rio de
Janeiro que não estejam publicamente identificados (estão indecisos) com a defesa do Fundeb – 

acesse aqui a página da Câmara com os nomes e e-mails dos parlamentares.

- Com os nomes dos deputados, vá também às redes sociais (Facebook, Instagram, YouTube e
sites) e defenda na “time line” deles a aprovação do Fundeb Permanente, com o aumento da
verba federal e a manutenção do piso salarial do magistério.

- Aqui os endereços do Instagram/twitter de todos os deputados;

Vamos todos lutar pela aprovação do Fundeb Permanente e garantir a manutenção do Piso
Nacional do Magistério!
 


FONTE: SEPE RJ