quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

SALVE OS SERVIDORES PÚBLICOS!

 

SOBRE VAGABUNDOS E MADRUGADORES

O funcionalismo público não é vagabundo, ao contrário do que algumas autoridades afirmam. Trabalham cotidianamente para atender a população seja nas escolas, nos postos de saúde, nos hospitais, nas repartições, etc.  São concursados para atender o público, não as vontades de determinados políticos ou grupos de poder . Sabemos que nem todos cumprem seu dever. Mas esses são minoria  para a qual  existem mecanismo legais de sanções.

Ao contrário do servidores, que são concursados, existem autoridades que são nomeadas para cargos executivos para a  gestão pública não por sua competência ou disposição de trabalho, que podem até ser atributos dos nomeados, mas por seu alinhamento político. E muitas vezes para justificar sua nomeação, obedecem a interesses que não são os do povo. Mesmo que para isso acordem muito cedo.

O serviço público existe para que todos tenham acesso aos direitos tais como saúde e educação. Vemos durante a pandemia a importância do Sistema Único de Saúde –o SUS- conquista das lutas dos trabalhadores na Constituição de 1988. Se não houvesse o sistema público de saúde, teríamos muitos mais do que 250 mil mortos. A maioria do povo, pela política de salários e emprego no Brasil, não tem condições de pagar um plano privado. Mas paga impostos que devem sustentar o sistema público de saúde , educação e políticas sociais.

O bom exemplo dos nossos profissionais da saúde, que muitas vezes passam dias sem dormir e arriscam sua vidas nessa batalha contra o COVID-19, deveria receber o respeito das autoridades. Também os profissionais da educação, que mostraram seu compromisso com a aprendizagem dos alunos disponibilizando de graça seus telefones, seus pacotes de dados, horas extras para aprender a linguagem da internet e para montar atividades sem apoio econômico e logístico dos governos. Pelo contrário, alguns governos até retiraram dobras e pagamento de horas-extras, economizando no orçamento em detrimento do aprendizado dos alunos e as custas do sofrimento dos profissionais.

Não resta dúvida que tal afirmação alinha-se à defesa do fim dos serviços públicos para que o setor privado avance e assim tenhamos uma sociedade onde só quem pode pagar terá acesso aos direitos básicos. Pois a afirmação de que os servidores públicos são vagabundos, vinda de autoridades, tem consequências. Tentam, junto à população, descredenciar os servidores públicos para justificar a super -exploração de seu trabalho com congelamento de salários, não pagamento de seus direitos, não realização de concursos público e contratação de seus apadrinhados políticos.

E, para quem é gestor da coisa pública, mas também tem interesses no setor privado, tal afirmação torna-se mais monstruosa.

A PEC Emergencial e a reforma administrativa, que estão circulando no Congresso Nacional, que desvincula os gastos com saúde e educação e retira direitos dos servidores, segue nesse sentido. A desestruturação do SUS bem como o desmonte do financiamento das redes púbicas da educação básica, abre um amplo espaço para iniciativa privada. Sob a alegação de que precisa de verba para pagar o auxílio emergencial, o Governo Federal  tenta retirar os direitos de acesso à saúde e educação do povo. Colocar a culpa nos funcionários públicos, retirar seus direitos sob a égide de racionalização da administração pública é  piada de péssimo gosto.

TODO RESPEITO E SOLIDARIEDADE AOS SERVIDORES PÚBLICOS!
VAMOS CONTINUAR NA LUTA PELA SOBREVIÊNCIA DO SERVIÇO PÚBLICO, SERVIÇO FEITO PARA A POPULAÇÃO!