segunda-feira, 24 de março de 2014

Rede municipal pode entrar em greve






A rede municipal de educação do município de São Gonçalo está realizando desde a semana passada uma redução da carga horária em cada turno (meia-paralisação), em protesto contra os baixos salários e pelo descaso do prefeito Neilton Mulim (PR) com a negociação com a categoria. Hoje (dia 24), o Sepe organizou uma vigília (foto) em frente à prefeitura e reivindicou ser atendido pelo prefeito, que se recusou. Mulin mandou em seu lugar a secretária de governo, Elaine Mulin, sua irmã.
A secretária não informou nada de novo. A categoria exige 30% de reajuste salarial, mas o prefeito oferece apenas 7%. Os profissionais de educação exigem, também, eleição para diretor de escola e o acerto da tabela das auxiliares de creche.

Nesta terça, às 16h, ocorrerá nova assembleia, no Colégio Municipal Castelo Branco. A categoria poderá entrar em greve, caso o prefeito não atenda às reivindicações.

A situação das 120 escolas e creches municipais de São Gonçalo é muito ruim. Devido aos baixos salários, há uma grande evasão de professores. Segundo o sindicato, faltam, em média, cinco professores por escola. E mesmo a convocação de novos profissionais não está adiantando, já que a maioria dos aprovados em concurso não comparece – na última chamada deste ano, a prefeitura convocou 50 novos professores aprovados no concurso, mas apenas 12 compareceram.

O piso do professor é de R$ 770 e de um salário mínimo para o funcionário administrativo.

créditos: imprensa  Sepe-RJ