No dia 14 de abril, o Sepe realizou uma plenária com diretores e conselheiros escolares para discutir os problemas da rede e o cotidiano enfrentado por estes profissionais e representantes no seu ambiente de trabalho a cada dia mais caótico por conta da política educacional da SEEDUC de terra arrasada nas escolas.
A Plenária foi iniciada com leitura da ata da assembleia anterior. A seguir, foram abertos os informes para os diretores e conselheiros sobre a situação das escolas, com várias denúncias: excesso de trabalho dos diretores que acabam se transformando em verdadeiros faz tudo; falta de porteiros, que está diretamente ligada a outra questão que é a falta de segurança; pessoas estranhas entram nas escolas sem o menor controle, violência também dentro e nos arredores da escola; matagal em torno da escola, o que aumenta a falta de segurança; falta de merendeiras e inspetores escolares, sobrecarregando as existentes; turmas superlotadas; apenados trabalhando em algumas escolas, sem nenhuma conversa com a direção, sem nenhuma formulação de trabalho.
Após os informes foram abertas as avaliações e propostas.
Uma fala recorrente dos profissionais foi a de que a política educacional da rede estadual está causando graves problemas à escola pública, com turmas superlotadas, professores excedentes em algumas regiões e carência de professores em outras, proibição de abrir GLP, proibição de abrir turmas etc. Nesse sentido ficou nítida a importância dos conselheiros escolares atuarem em conjunto e, ou, até blindarem as direções de escolas.
PROPOSTAS INDICATIVAS APROVADAS
1- Organizar uma ida ao MP com conselheiros e diretores para denunciar a situação das escolas e dos profissionais de educação
2- As direções deverão lançar o código de greve 61. Os conselheiros escolares deverão se posicionar, exigindo que as direções cumpram a lei lançando código 61 em dia de greve (24 horas ou tempo indeterminado)
3- Os conselheiros escolares devem se posicionar e impedir que turmas, turnos e escolas sejam fechados
4- Deverá ser elaborada uma carta pelos diretores e conselheiros escolares, denunciando a situação de caos em que se encontra a rede. Os conselheiros escolares deverão filmar as condições das escolas. Depois, a direção do sindicato deverá organizar uma coletiva com toda a imprensa para denunciarmos todo o processo de abandono da rede pública estadual
5- Campanha “diretor não coloque código ilegal! Código de greve é 61!”
6- As direções devem fazer uma carta aberta em defesa dos readaptados
7- Deverá ser apresentada ao governo a necessidade dos Conselhos Escolares serem deliberativos
8- Jornal com atuação dos Conselhos Escolares
9- Fazer um panfleto objetivo, explicando a importância dos Conselhos Escolares na defesa de uma escola de qualidade e Gestão Democrática
10- Direção do Sepe deverá organizar um modelo a ser apresentado às Metros para garantir que os profissionais readaptados, continuem exercendo suas atividades nas suas funções. Importante pontuar mais uma vez que esses profissionais exercem funções fundamentais nas escolas e garantem junto com toda a comunidade o funcionamento das mesmas
11- A direção do Sepe deverá marcar com urgência um Encontro de diretores eleitos e readaptados
12- Fazer documento, lembrando às direções que não existe ordem de boca. Ordem, somente por escrito!
13- A direção do Sepe deverá solicitar ao M P que suspenda o fechamento de turmas, turnos, no mínimo, enquanto durar a intervenção militar.