terça-feira, 21 de junho de 2016

Informes do Piquete Realizado Hoje na Metropolitana II


Hoje, dia 20/06, segunda-feira, às 6:30 da manhã, foi realizado um piquete na Coordenadoria Regional Metropolitana II, no Paraíso/São Gonçalo. Iniciamos dialogando com a comunidade escolar, estudantes, pais e trabalhadores da educação alertando-os sobre a crise financeira que o estado do Rio de Janeiro está atravessando. Relatamos o sucateamento da educação no estado, principalmente em São Gonçalo, e, sobretudo o caso emblemático do C.E. João Tarcísio Bueno, que se encontra interditado devido o extremo abandono, e das escolas no entorno.
 
Na medida em que fazíamos nossas intervenções, a comunidade escolar nos apoiava solidariamente, concordando conosco diante da constatação da realidade vivenciada por eles no cotidiano escolar: carência de funcionários, porteiros, professores, estrutura precárias das escolas, falta de condições de trabalho etc.
 
Concretizamos o que foi deliberado na última Assembleia Local: a realização de um Piquete no portão da Coordenadoria Regional, no sentido de sensibilizarmos os trabalhadores das escolas sediadas naquele espaço, assim como, de chamar a atenção da Metro II acerca da necessidade de pararmos o funcionamento dessas escolas e da Coordenadoria, denunciando para sociedade o descaso com educação pública por parte do Governo Pezão/Dornelles.
 
Seguimos com o Piquete, porém, a partir das 8h, com a maior parte da comunidade escolar, dos trabalhadores da Metro e dos estudantes presentes no portão e tendo acesso ao microfone para denunciar a situação do Tarcísio Bueno e do CIEP 237, a polícia foi chamada para impedir a continuidade do nosso ato, inclusive com presença das diretoras da Metropolitana no portão, Ana Paula e Maria Carolina. Nesse momento, a polícia chegou nos intimidando com armas de grosso calibre em mãos e querendo nos retirar da frente do portão e acabar com nossa atividade. Colocamos para eles que estávamos exercendo a democracia e nossos direitos e que não recuaríamos do nosso objetivo.
 
Após momentos muito tensos com a polícia, conseguimos impedir que o aparelho repressor policial cerceasse a continuidade das nossas falas e do trancaço no portão. Garantimos a liberdade para que as diretoras da Metro II explicassem no microfone o problema do Tarcísio Bueno e da informação feita pelo ex-secretário Antônio Neto de que 50% das escolas mais precarizadas da Rede Estadual se encontram em São Gonçalo*. No entanto, a Metro II não quis se pronunciar.
 
A essa altura da atividade já tínhamos paralisado a Coordenadoria e as duas escolas (Tarcísio Bueno e CIEP 237 - Vladimir Herzog), quando fomos surpreendidos com disparos de arma de fogo no entorno, o que iniciou uma correria e a apreensão de todos os presentes. Depois desse ocorrido e por uma questão de segurança decidimos encerrar o ato.
Avaliamos que a atividade foi extremamente importante, pois conseguimos chamar a atenção da comunidade escolar e demos mais visibilidade à greve.
 
 
Na primeira audiência da greve, no mês de março, o ex-secretário Antônio Neto informou que 50% das escolas mais precarizadas do estado estão em São Gonçalo.